Emilia

Emília na ponta do dedo

A proposta de hoje é para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil -18 de abril. Não tem como comemorar o Dia do Livro Infantil sem falar em Monteiro Lobato e seus inesquecíveis personagens do Sítio do Picapau Amarelo. A minha favorita sempre foi a Emília.

Emília é a boneca da Narizinho, neta da dona Benta. Ela é feita de pano, esperta e que fala sem parar, pois engoliu uma pílula falante.

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Quem foi ela?

De acordo com a Wikipédia

Emília, na trama criada por Lobato, foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasceu muda e é curada pelo dr. Caramujo que lhe receitou uma “pílula falante” e a boneca desembesta a falar: “Estou com um horrível gosto de sapo na boca!”. Narizinho, preocupada, pediu ao “doutor” que a fizesse vomitar aquela pílula e engolir uma mais fraquinha, mas Caramujo explicou que aquilo era “fala recolhida” e que não poderia mais ficar “entalada”. Ela é conhecida por volta e meia “abrir sua torneirinha de asneiras”, principalmente quando quer explicar algo de difícil explicação ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes de coisas ou pessoas por versões com sonoridade semelhante.

Ela é uma boneca de pano, recheada de macela. Em muitas histórias, ela troca de vestido, é consertada ou é recheada novamente. Narizinho também faz e refaz suas sobrancelhas (segundo Reinações de Narizinho) e seus olhos (que são de retrós e por isso arrebentam se os arregala demais). Ela é capaz de andar e se movimentar livremente, porém muitas vezes é tratada por Narizinho como uma boneca comum e é “enfiada no bolso”.

Por ser uma boneca, embora evolua e vire gente, Ela pode cometer impunemente pecados infantis como birra, malcriação, egoísmo, teimosia e espertezas. Diz o que pensa e quando leva bronca, finge que não é com ela. Não teme nada, apronta todas e é cheia de vontades.

Em A reforma da natureza, ela inventa o “livro comestível”: “(…) Em vez de impressos em papel de madeira, que só é comestível para o caruncho, eu farei os livros impressos em um papel fabricado de trigo e muito bem temperado. (…) O leitor vai lendo o livro e comendo as folhas, lê uma, rasga-a e come. Quando chega ao fim da leitura, está almoçado ou jantado.” Através da boneca, Lobato expressa a ideia de leitura prazerosa.

Livre de obrigações sociais impostas pela educação à criança, é ela quem melhor se define: quando Visconde lhe perguntou que criatura ela era, respondeu:

“Sou a independência ou Morte”.

Dentro das histórias do “Sítio”, foi biografada pelo Visconde de Sabugosa. Todo cheio de conhecimento enciclopédico, ele aproveita para dizer umas verdades sobre a boneca: “Emília é uma tirana sem coração. (…) Também é a criatura mais interesseira do mundo. (…) Só pensa em si, na vidinha dela, nos brinquedos dela”.

Como se ver é uma personagem cheia de qualidades e defeito, quase humana. Para conhecer melhor, leia o Sítio do Picapau Amarelo e apaixone-se pelos seus personagens.

Caso você queira, segue abaixo a letra da música Emília. É divertido tocá-la para os alunos terem uma ideia de como é esta boneca de pano.

Música

De uma caixa de costura
Pano, linha e agulha
Nasceu uma menina valente
Emília, a boneca gente
Nos primeiros momento de vida
Era toda desengonçada
Ficar em pé não podia, caía
Não conseguia nada

Emília, Emília, Emília…

Mas a partir do momento
Que aprendeu a andar
Emília tomou uma pílula
E tagarelou, tagarelou a falar
Tagarelou, tagarelou a falar
Ela é feita de pano
Mas pensa como um ser humano
Esperta e atrevida
É uma maravilha
Emília, Emília…
(refrão)
Para cada história ela tem um plano
Inventa mil ideias, não entra pelo cano
Ah, essa boneca é uma maravilha
Emília, Emília, Emília…
Mas a partir do momento
Que aprendeu a andar
Emília tomou uma pílula
E tagarelou, tagarelou a falar
Tagarelou, tagarelou a falar
Ela é feita de pano
Mas pensa como um ser humano
Esperta e atrevida
É uma maravilha
Emília, Emília …
(refrão)
Fonte: Musixmatch

Amostra

Emilia

Revista CH das Crianças. ano 22. nº 205

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