Mito da criação da noite

 O mito da criação da Noite – Interpretação

Olá, o post de hoje é com a lenda – O mito da criação da Noite – atividade de interpretação de texto composta por três folhas sendo: a primeira com o texto e as duas seguintes com atividades de interpretação. Também exploro no mapa do Brasil a região Norte.

Material indicado para os alunos do 4º e 5º ano.

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A Criação da Noite

Nosso folclore é rico em vários aspectos e principalmente em lendas e mitos. As lendas indígenas são cheias de detalhes e, algumas vezes, são confundidas com crenças religiosas ou acontecimentos da natureza. Elas fazem parte da nossa cultura e ajudam a retratar histórias e crenças dos povos ao longo dos séculos.

Se você for reparar bem, a maioria das lendas tenta explicar um fato natural, como surgiu tal planta, ou alimento, falam de deuses, nascimento, morte  e forças da natureza. Antigamente era comum contar lendas para as crianças com a intenção de passar à elas alguma forma de ensinamento como uma lição de moral ou para causar medo.

Não podemos deixar de lembrar que as lendas exaltam as virtudes que devemos ter como: coragem, amizade, união, empatia, solidariedade, respeito e muito mais. Não espere chegar agosto para falar ou trabalhar folclore e lendas com  sua turma. Você pode trabalhar lendas e mitos durante todo o ano letivo.

Como sugestão para enriquecer sua aula, indico o vídeo – Como surgiu a noite?– ele traz uma versão diferente da minha atividade, mas acho super interessante utilizar este recurso com a turma. Baseado em um mito de criação da Noite dos índios brasileiros, esta animação nos leva à idade dos sonhos, onde os objetos tinham vida e onde a noite vivia aprisionada em um coco que pertencia à Cobra Grande – uma terrível feiticeira.

2005 – Anima Mundi – 3º Colocado, Animação Infantil, Júri Popular

Amostras

da atividade O mito da criação da Noite

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Clique no quadro para baixar a atividade

O mito da criação da Noite

Folclore

 

Habilidades da BNCC:

(EF01HI08) Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares, diferenciando-as das datas festivas comemoradas no âmbito familiar ou da comunidade.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
(EF04GE06) Identificar e descrever territórios étnico-culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos, reconhecendo a legitimidade da demarcação desses territórios.

Para copiar e colar no Word.

O mito da criação da noite

Edith Lacerda

Antigamente não havia noite. Era sempre dia. O Sol brilhava esquentando a Terra. A Lua e as estrelas eram como o Sol. Tudo era luz e claridade na aldeia e na floresta. Os homens caçavam sem cessar e as mulheres trabalhavam sem descanso, pois era sempre dia, noite não havia.

O Sol fazia seu percurso até o poente para então retornar pelo caminho inverso de volta ao nascente. Mauá controlava o Sol, a Lua e as estrelas, não permitindo que ninguém deles se aproximasse.

Certa vez, um homem quis saber como o Sol funcionava. Esperou que Mauá saísse para caçar e aproximou-se do Sol. Ao tocá-lo, o Sol quebrou, o mesmo aconteceu com a Lua e as estrelas. E a noite surgiu engolindo tudo. Os homens que caçavam na mata ficaram perdidos na imensidão do escuro. As mulheres mal conseguiam encontrar suas redes dentro da maloca.  Crianças e idosos lamentavam-se do fundo da noite sem luz.

Mauá voltou para consertar o Sol. Ao ver o homem que o havia quebrado. Mauá lançou-se sobre ele e o atirou longe. Quando caiu o homem transformou-se no macaquinho-mão-de-ouro, escuro como a noite e com as mãos douradas como o Sol que havia tocado.

Não foi possível consertar o Sol para que funcionasse como antes. O Sol caminhava para o poente, mas não conseguia retornar, sumindo no horizonte e deixando a Terra na escuridão. Mauá então fez com que a Lua e as estrelas surgissem na ausência do Sol para iluminar um pouco a noite. E assim é até hoje.

Este é o mito da criação da noite dos índios Waimiri-Atroari, que habitam Amazonas e Roraima, na região Norte do Brasil. Mauá, para eles, é o ser criador que transforma os homens em animais e cuida dos elementos da natureza: quando está zangado, sopra a ossada da cabeça da onça para fazer o trovão. É guardião da vida: ao nascer uma criança, Mauá está sempre perto. Mauá protege, mas também se vinga. É um guerreiro como o povo Waimiri-Atroari. O macaquinho-mão-de-ouro que aparece no mito é respeitado pelos índios por acreditarem que ele já foi gente e porque, graças a ele, hoje existe a noite.

Criação da Noite

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